17 agosto, 2006

Dançando sozinha

Ela entra no salão. Sabe que não é o centro das atenções, mas em seu coração é a mais radiante das mulheres. Gentilmente segurava a saia do longo e negro vestido, enquanto descia as escadas bem devagar. Cada movimento tomado fazia sentir-se delicadamente feminina.

Estava feliz, sentia-se linda, e a felicidade estampada em seu rosto tornava-a ainda mais bela. Uma alegria que nascia de dentro de si mesma, e que renovava sua alma numa confortante sensação de que ela própria era capaz de construir a sua felicidade.

A música tocava, e quando ela dançava e girava pelo salão, o vestido rodado desenhava no ar as formas da sua realização de mulher. Todos seus sonhos e esforços estavam ali: faiscando no brilho dos seus olhos.